Amanda’s P.O.V.
Uma forte dor no meu pulso me acordou. Não era um pesadelo,
era tudo real. Tudo. Olhei para minha mãos e as mesmas continuavam presas à
cama. Aquilo estava muito apertado, meus pulsos estavam em carne viva já. Arfei
de dor ao tentar mover aquilo, parecia que entrava cada vez mais em minha pele.
Jason: Para, só vai piorar.
Eu: Desde quando tenho que ficar ouvindo você?- falei
extremamente irritada.
Sentir dor me estressa completamente.
Jason: Faz o que quiser então - ele deu de ombros.
Parei exatamente naquele momento. Jason se preocupando
comigo? Haha isso deve ser piada.
(...)
Nenhuma outra palavra foi dita naquele quarto. Bem, eu
estava olhando para o nada, então, se ele falou algo eu provavelmente não ouvi.
Estava preocupada com o que poderia acontecer daqui para frente, e, se houvesse
a mínima chance de eu sair dali viva, que eu deveria arranjar algum modo de
terminar de pagar aquela dívida e seguir minha vida como uma adolescente
normal.
A maçaneta da porta foi girada e Robert entrou no quarto.
Ele me encarou por alguns míseros segundos e virou seu olhar para Jason.
Ele estava de cabeça baixa, mas logo que percebeu a presença
de alguém à sua frente levantou-a. Seu olhar mostrava indiferença, o que me
deixou meio surpresa. Ele não ligava de estar ali só esperando a hora para
morrer?
Robert: Dormiu bem, benzinho?
Jason: Vai se foder.
Robert: Só se for com aquela vadia ali – ele apontou para
mim.
Jason sussurrou algo que eu não consegui entender.
Robert: O que você falou?
Ele se aproximou de Jason e aquele meu “dono” sussurrou algo
novamente, mas dessa vez Robert, assim como eu, ouviu.
“ Se você tocar nela, você tá morto”
Justin’s P.O.V.
Johnny: O QUÊ??? COMO ASSIM??- ele disse exaltado, se
levantando da cadeira e se apoiando em suas mãos colocadas sobre a mesa.
Justin: Eu o vi há 2 semanas atrás.
Johnny: Eu achei que ele estava morto!
Justin: Eu também achei...mas como você pode ver ele
realmente está vivo – disse lhe mostrando minha camêra. Nela, uma foto de um
vagabundo que só dá desgosto a minha mãe e que, infelizmente, tenho que chamar
de irmão. Jason. Mas não era só ele na foto. Havia um homem ao seu lado, o
motivo daquele jantar. Nick Shermann. O homem mais procurado pelo FBI, o maior
traficante de todos os tempos e uns dos mais perigosos e, o mais importante, havia a chance dele ser meu pai.